Cada um por si e todos por um
O Brasil nunca terá uma classe média mais significativa que a porção de miseráveis. Isso faz parte da nossa cultura. Estamos acostumados e achamos natural que pelo menos alguém tenha direito a tudo enquanto o resto não tenha direito a muito pouco. Por tanto, essas promessas de acabar com a miséria, dialogos sobre responsabilidade social, as tentativas de diminuir o abismo social não passam da mais pura e antiquada demagogia presentes no discurso dos brasileiro.
Toda a nossa sociedade é projetada para o sucesso de poucos e o fracasso de muitos. O mais grave é que esse mesmo modelo se repete nos programas sociais espalhados por todo o Brasil agravando ainda mais o abismo social e sendo ineficaz na diminuição da pobreza.
Sou completamente contra vilas olímpicas. Acho um incrível desperdicio de dinheiro criar um local onde crianças de comunidades carentes aprendam esportes. Seria muito melhor se elas aprendessem matemática e português nas escolas. Essas matérias escolares são muito mais úteis na vida adulta e profissional de um indivíduo correto que 100 metros rasos. Repare que eu digo na vida de um indivíduo correto. Não tenho dúvida que para um assaltante a prática dos 100 metros rasos é muito mais importante.
Quantos jovens serão bem sucedidos através da prática do esporte nestas vilas? Um em cada 100? Um em cada 200? Pois é muito pouco! Esse dinheiro é muito mal empregado, beneficiando uma minoria que irá viver mal e porcamente do esporte, sempre correndo atrás de patrocínios geralmente dados por empresas do governo. A vida não é menos dura para um esportista mediano. Enquanto isso o resto segue com a sua predestinação de pobre coitado com ainda menos chances do que se tivesse aprendido de fato algo na sua escola.
Não há esporte que traga mais benefícios a um trabalhador que o uso de maneira eficiente da comunicação e do raciocínio lógico. É incrível como não adotamos políticas que realmente favoreçam a maioria. Alimentamos em todos o sonho de ser rico e bem sucedido em determinada atividade sem alertar que sua chance de fracasso é imensa. Aplicamos o dinheiro sabendo que não é o melhor para a maioria.
Quantos atletas não conseguiram se profissionalizar e qual a relação desses fracassos com os vendedores que não deram certo? E os jogadores de futebol em relação aos atendentes de tele-marketing? É por esse motivo que a desigualdade social vai sempre existir, faz parte da nossa cultura. Gostamos de apostar no azarão e admirar o herói nacional que conquistou tudo.
Precisamos parar de viver o sonho. Acorda Brasil! Nos Jogos Panamericanos quando ver um atléta brasileiro de uma comunidade carente não veja o vencedor. Veja os milhares de miseráveis que estão nessa situação para que ele vencesse. Boooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!
Toda a nossa sociedade é projetada para o sucesso de poucos e o fracasso de muitos. O mais grave é que esse mesmo modelo se repete nos programas sociais espalhados por todo o Brasil agravando ainda mais o abismo social e sendo ineficaz na diminuição da pobreza.
Sou completamente contra vilas olímpicas. Acho um incrível desperdicio de dinheiro criar um local onde crianças de comunidades carentes aprendam esportes. Seria muito melhor se elas aprendessem matemática e português nas escolas. Essas matérias escolares são muito mais úteis na vida adulta e profissional de um indivíduo correto que 100 metros rasos. Repare que eu digo na vida de um indivíduo correto. Não tenho dúvida que para um assaltante a prática dos 100 metros rasos é muito mais importante.
Quantos jovens serão bem sucedidos através da prática do esporte nestas vilas? Um em cada 100? Um em cada 200? Pois é muito pouco! Esse dinheiro é muito mal empregado, beneficiando uma minoria que irá viver mal e porcamente do esporte, sempre correndo atrás de patrocínios geralmente dados por empresas do governo. A vida não é menos dura para um esportista mediano. Enquanto isso o resto segue com a sua predestinação de pobre coitado com ainda menos chances do que se tivesse aprendido de fato algo na sua escola.
Não há esporte que traga mais benefícios a um trabalhador que o uso de maneira eficiente da comunicação e do raciocínio lógico. É incrível como não adotamos políticas que realmente favoreçam a maioria. Alimentamos em todos o sonho de ser rico e bem sucedido em determinada atividade sem alertar que sua chance de fracasso é imensa. Aplicamos o dinheiro sabendo que não é o melhor para a maioria.
Quantos atletas não conseguiram se profissionalizar e qual a relação desses fracassos com os vendedores que não deram certo? E os jogadores de futebol em relação aos atendentes de tele-marketing? É por esse motivo que a desigualdade social vai sempre existir, faz parte da nossa cultura. Gostamos de apostar no azarão e admirar o herói nacional que conquistou tudo.
Precisamos parar de viver o sonho. Acorda Brasil! Nos Jogos Panamericanos quando ver um atléta brasileiro de uma comunidade carente não veja o vencedor. Veja os milhares de miseráveis que estão nessa situação para que ele vencesse. Boooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!
3 Comments:
Caro Guilherme, bom texto esse.
Porém eu acho o seguinte, esporte é bom SIM, para integração e reinserção social, mas ele tem de ser trabalhado juntamente com a educação, como em países como Cuba e China. Ser tão absolutamente contra vilas olímpicas chega a ser idiota e isso não combina contigo, cara, desculpa... o problema é que no Brasil tudo é levado nas coxas e sem muito comprometimento, sem políticas concretas e eficazes... esse sim é o problema... a mentalidade dos nossos políticos e até de certa parecela da sociedade.
Acho q é isso,
abração,
Felipe
By Anônimo, at 9:26 PM
Gulherme, mandaste bem pra caralho. Ótimo post.
Abraços, Elton.
By Anônimo, at 11:50 AM
Caríssimo Guilherme: na verdade concordo em parte com Felipe quando diz que a atividade esportiva é um caminho eficaz em conjunto com outros para evitar a marginalização precoce. Agora concordo que quem não tem estudo nem o que comer não vai praticar esportes em vilas olímpicas, vai ser camelô ou avião do tráfico. Então estas vilas resolvem parte do problema (menores com família e cujos pais trabalham para dar "ao menos" alimentação adequada). Repare que frisei - ao menos alimentação. Formação moral, intelectual, profissional são fatores que dependem tanto do indivíduo quanto do entorno. Acho que todos que postaram aqui tem 50% de razão em suas colocações.
By Wallace, at 7:41 PM
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