Tom Wolfe nas páginas amarelas da Veja
A revista Veja do dia 11 de maio de 2005 publicou nas suas famosas páginas amarelas um entrevista com o escritor e jornalista Tom Wolfe autor do livro Charlotte Simmons. Estou reproduzindo um trecho da entrevista em que Wolfe sai do senso comum e que, em parte, parece com aquilo que penso.
Veja – A imprensa americana já relatou que o presidente George W. Bush gostou de Eu Sou Charlotte Simmons e tem recomendado o livro a amigos. O senhor esperava que ele fosse um fã de sua literatura?
Wolfe – Não, nunca imaginei isso. Mas acho ótimo. Algumas pessoas ficaram horrorizadas com isso. Os intelectuais de Nova York, em especial, têm uma fobia irracional – embora quase sempre inofensiva – a Bush. Eles não percebem que na verdade a política americana é muito estreita.
Veja – Como assim, estreita?
Wolfe – O governo americano é como um trem: tem gente gritando para o governo virar à esquerda ou à direita, quando o trem simplesmente não pode mudar de direção. Ele anda sobre os trilhos. Ninguém vai se tornar um ditador nos Estados Unidos, e ninguém vai cortar nossos direitos civis. É por isso que não entendo essa fobia a Bush entre os intelectuais. Os americanos em geral não se entusiasmam tanto por política. Em 1974, quando Nixon saiu do governo, não houve uma só demonstração nas ruas, a favor ou contra. Não houve sequer um episódio de algum republicano bêbado jogando um tijolo numa vitrine. Eu mesmo nunca me interessei em escrever sobre política americana. Seria como fazer a cobertura jornalística de um jogo de gamão. Muito chato.
Veja – Pelo que o senhor está dizendo, dá para supor que seu voto na última eleição foi para Bush.
Wolfe – Sim, sem dúvida. E muitos confrades no meio jornalístico ficaram escandalizados quando souberam disso – olhavam para mim como se eu fosse um criminoso, um molestador de crianças. Eu me divirto com isso. Votar em Bush é tão contra a corrente...
Veja – A religião seria uma das razões pelas quais a intelectualidade rejeita o presidente Bush?
Wolfe – Não havia pensado nisso, mas é verdade. Bush é um soldado cristão. A religiosidade faz com que, para os intelectuais, ele pareça um tipo rústico.
Quem quiser ler o resto que compre a revista ou venha me visitar.
Veja – A imprensa americana já relatou que o presidente George W. Bush gostou de Eu Sou Charlotte Simmons e tem recomendado o livro a amigos. O senhor esperava que ele fosse um fã de sua literatura?
Wolfe – Não, nunca imaginei isso. Mas acho ótimo. Algumas pessoas ficaram horrorizadas com isso. Os intelectuais de Nova York, em especial, têm uma fobia irracional – embora quase sempre inofensiva – a Bush. Eles não percebem que na verdade a política americana é muito estreita.
Veja – Como assim, estreita?
Wolfe – O governo americano é como um trem: tem gente gritando para o governo virar à esquerda ou à direita, quando o trem simplesmente não pode mudar de direção. Ele anda sobre os trilhos. Ninguém vai se tornar um ditador nos Estados Unidos, e ninguém vai cortar nossos direitos civis. É por isso que não entendo essa fobia a Bush entre os intelectuais. Os americanos em geral não se entusiasmam tanto por política. Em 1974, quando Nixon saiu do governo, não houve uma só demonstração nas ruas, a favor ou contra. Não houve sequer um episódio de algum republicano bêbado jogando um tijolo numa vitrine. Eu mesmo nunca me interessei em escrever sobre política americana. Seria como fazer a cobertura jornalística de um jogo de gamão. Muito chato.
Veja – Pelo que o senhor está dizendo, dá para supor que seu voto na última eleição foi para Bush.
Wolfe – Sim, sem dúvida. E muitos confrades no meio jornalístico ficaram escandalizados quando souberam disso – olhavam para mim como se eu fosse um criminoso, um molestador de crianças. Eu me divirto com isso. Votar em Bush é tão contra a corrente...
Veja – A religião seria uma das razões pelas quais a intelectualidade rejeita o presidente Bush?
Wolfe – Não havia pensado nisso, mas é verdade. Bush é um soldado cristão. A religiosidade faz com que, para os intelectuais, ele pareça um tipo rústico.
Quem quiser ler o resto que compre a revista ou venha me visitar.
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